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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A viagem

Enfim, estamos em terras canadenses!
No meio da viagem, o Carson me perguntou brincando: quer voltar para casa? Foi aí que minha ficha caiu... Casa? Que casa? Se tivermos alguma, ela não fica no Brasil. Pelo menos não neste ano. Ou seja, em um ano não vou ver nada conhecido ou familiar além do Carson. No mínimo desafiador.
Mas vamos ao que interessa. O vôo até aqui é muito cansativo, apesar de o avião ser ótimo, bem mais confortável do que os de vôo doméstico brasileiros.
Quanto à língua, a gente se atrapalha um pouco e vira uma mistura de inglês e português com muitos tchê's. O aeroporto de guarulhos é muito bagunçado, as informações são confusas e a parte internacional não segue uma sequência lógica. Muitas lojas lá dentro estavam sem aceitar cartão - e convenhamos, uma loja de aeroporto não aceitar cartão hoje em dia é inadmissível.  O aeroporto de Toronto já é bem mais organizado, apesar de os funcionários da imigração não serem muito amigáveis. O serviço de bordo da Air Canada é muito melhor que das nossas companhias também. Enquanto a Gol cobra 14 reais por um sanduichinho, na Air Canada tivemos jantar e café da manhã inclusos de excelente qualidade e com ótimo atendimento.
Minhas conexões foram com emoção! O vôo de Porto Alegre para São Paulo teve que arremeter por causa do mau tempo, e chegamos em Guarulhos em cima do laço. De São Paulo a Toronto teve atraso na autorização de decolagem, e na chegada também, e ficamos com menos de duas horas para fazer a imigração, o checkin para Halifax, despachar as bagagens e embarcar. Essa etapa foi mais que em cima do laço... Mas por sorte deu certo.
Uma coisa que me chama atenção na chegada é como nós, brasileiros, nos destacamos. Somos muito espalhafatosos para falar e andar. Nos esparramamos demais. E nisso é nítida a diferença nos aeroportos e nos vôos. No Brasil, todos tem pressa, falam muito, crianças choram e fazem estardalhaço e o lugar é ruidiso. Aqui é silencioso, todos esperam sua vez (nem que seja a força), as crianças parecem mais calmas (ou menos ruidosas) e caminham sem pressa - a não ser nós, que estávamos prestes a perder a conexão. Já preciso aprender a me comportar como eles, é muito mais bonito e confortável estar em lugares tranquilos.
Aconselho a quem vier, e a mim mesma no próximo vôo, a deixar bastante tempo entre as conexões para não passar esse desespero. Melhor esperar um pouco do que te que sair correndo desesperado. E os aeroportos internacionais tem muita diversão, nem se sente o tempo passar lá dentro. A não ser que você esteja atrasado.
Fica uma dica para mim mesma mas próximas viagens: não é necessário vir de bota, nem com tanta roupa! Passei muuuuuito calor, isso que estava de manga curta. Trouxe casaco leve e de frio, luva e manta e no fim só usei o casaco de frio para sair do aeroporto. Todos os lugares tem calefação ou se condicionado, e é bom para eu já ir aprendendo a como me vestir por aqui.
Agora que cheguei é hora de ir às compras. Minha bota é de couro, super convidativa a cair um tombo na neve, e meu casaco não é impermeável, inútil ao clima daqui. Mas essa parte merece um post exclusivo!

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